A Polícia Civil do Distrito Federal desencadeou, na manhã desta quarta-feira (14/4), a Operação João de Barro. Pelo menos dois servidores do Governo do DF foram presos. No entanto, a divisão de Comunicação da Polícia Civil não confirma, ainda, a quantidade de mandados cumpridos.
De acordo com a Divicom, o objetivo da operação desta manhã é apreender objetos que comprovem o envolvimento de pessoas com o esquema de favorecimento de policiais militares e bombeiros na lista da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab-DF). As pessoas que passavam a lista de liberação dos lotes adiante devem ser presas.
A PCDF ainda não divulgou mais detalhes da operação. Equipes da Divisão Especial de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (Decap) da Polícia Civil participam da ação.
A pedido da mãe
Do deputado distrital Paulo Roriz (DEM) sobre a prisão de um servidor de sua confiança, Lester Sebastião da Silva, sob investigação na Operação João de Barro por suposta cobrança de propina para liberação de lotes da Codhab:
"Admito que indiquei o Lester. Mas não tenho responsabilidade pelas ações desse servidor. Dei uma chance a ele a pedido da mãe dele que conheço. Se ele falhou e isso ainda está sob investigação, terá de pagar pelo erro. Se for comprovada a irregularidade e culpa na história, ele terá de pagar pelo que fez".
Do Legislativo para o Executivo
Antes ir para o Executivo, o servidor da Codhab preso hoje na Operação João de Barro, Lester Sebastião da Silva, foi servidor comissionado da Câmara Legislativa, entre 5 de janeiro de 2007 e 03 de dezembro de 2008.
Lester esteve lotado na liderança do DEM e no gabinete do deputado Paulo Roriz (DEM). Deixou a Câmara quando o distrital assumiu a Secretaria de Habitação.
Propina para liberação de lote
O presidente em exercício da Câmara Legislativa, Cabo Patrício (PT), conta ter recebido muitas denúncias de problemas nos critérios para liberação de terrenos públicos de programa habitacional para PMs e bombeiros.
O distrital que tem base eleitoral na categoria disse que alguns policiais o procuraram para dizer que havia uma cobrança de R$ 5 mil a R$ 7 mil para a liberação de áreas para moradia.
A suposta irregularidade é apurada na Operação João de Barro, deflagrada nesta manhã (14).
Servidor preso acompanha a busca e apreensão
O servidor da Codhab Lester Sebastião da Silva foi preso em casa na Vila Telebrasília no início da manhã e levado algemado para o órgão, onde agentes da Polícia Civil e promotores de Justiça do DF deflagraram a Operação João de Barro.
Ele acompanhou o cumprimento dos mandados de busca e apreensão na Codhab, órgão que está sob investigação. Lester cuida do programa de regularização de terrenos localizados em becos para PMs e bombeiros.
Dois mandados de prisão
Na Operação João de Barro, há mandados de prisão para duas pessoas: Lester Sebastião, servidor comissionado da Codhab apontado como cabo eleitoral de Paulo Roriz (DEM), e um suposto intermediador da cobrança de propinas para fraude na lista de distribuição de lotes para PMs e bombeiros.
O MP vai fazer uma auditoria na lista da Codhab para identificar todas as irregularidades.
Codhab é o alvo da Operação João de Barro
A Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab) órgão da Secretaria de Habitação é o alvo da Operação João de Barro, do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
A investigação, iniciada pelo NCOC (Núcleo de Combate às Organizações Criminosas) do Ministério Público do DF, aponta fraudes na lista da Codhab com a participação de servidores que seriam indicados pelo deputado distrital Paulo Roriz (DEM).
Há uma expectativa de que o distrital do DEM assuma hoje às 10h a presidência da CPI da Corrupção na Câmara Legislativa.
Operação João de Barro
O Ministério Público e a Polícia Civil do DF realizam neste momento a Operação João de Barro, que apura fraude na lista habitacional de lotes destinados a PMs e bombeiros.
Um servidor, identificado como Lester, ligado ao deputado distrital Paulo Roriz (DEM), foi preso há pouco. Há busca e apreensão na Codhab e em outros três endereços.
A investigação é do Núcleo de Combate às Organizações Criminosas (NCOC) do MPDFT.
Fonte: Correio Braziliense